
O sujeito para se eleger para um cargo legislativo, basta uma caneta e o talão de cheque. Funciona da seguinte maneira: O candidato manda fazer uma pesquisa para saber na cidade quem é quem, ou seja quem tem o poder de infuenciar o eleitor a votar. Identificado o elemento, que nas capitais são chamados de "líderes comunitários", mandam chamá-lo e oferecem uma quantia de aproximadamente R$ 150 a 200,00 reais por semana, para que o contratado saia de casa em casa, cadastrando os seus eleitores, para receber do candidato a importância de R$ 30,00 no dia da eleição, para votar naquele candidato. Fechado o círculo, aquele'"lider comunitário"poderá, dependendo do seu poder de convencimento, arregimentar uns 200 a 300 votos. O índice de acerto gira em torno de 70 a 80%, haja vista que, em alguns casos o eleitor", vende o seu voto a dois ou três candidatos. Terminado o pleito eleitoral, indaga-se, que compromisso tem o candidato eleito com os eleitores ? Absolutamente nenhum, por isso, os eleitores costumam dizer que os políticos só procuram o eleitor na véspera da eleição. De fato isso é verdade, porque para esse tipo de eleitor, que diga-se de passagem é a grande maioria, tudo que o político fizer, é esquecido, somente valendo o dinheiro para o dia da eleição. Desse modo, o ciclo vicioso tende a continuar assim. Aquele que comprou o mandato, de fato nada deve aos eleitores, porque ele comprou e pagou. O mandato daquele que se elegeu dessa forma, vai servir para juntar novos recursos com o fim de garantir a sua reeleição.